A concessão que a prefeitura fará para renovar a iluminação pública de toda a cidade e dos distritos terá o primeiro leilão de Santa Maria na Bolsa de Valores B3, em São Paulo.
A disputa será aos moldes da concessão da RSC-287, em que as empresas concorrentes vão apresentar a menor proposta de preço para fazer o serviço e a modernização e manutenção da iluminação pública em toda Santa Maria pelos próximos 24 anos.
Vencerá a empresa que apresentar o menor preço (maior deságio), mas o edital prevê um limite máximo de desconto para garantir que a vencedora cumpra com o serviço. Só no primeiro ano, a estimativa é que a ganhadora tenha de gastar R$ 20 milhões para trocar as 27,7 mil luminárias de toda zona urbana e dos distritos de Santa Maria.
Todas as lâmpadas antigas terão de ser trocadas por lâmpadas de LED, com maior luminosidade, com promessa de acabar com a escuridão na cidade. Outra vantagem será a economia em energia elétrica.
Também no primeiro ano, a empresa terá de instalar 1.293 luminárias de LED em pontos que hoje não têm iluminação. Depois, a vencedora ficará responsável pela manutenção (como troca de lâmpadas queimadas ou pontos danificados) e por ampliações anuais para acompanhar o crescimento da cidade. Serão 363 luminárias novas a cada ano. Nos 24 anos, a previsão é que a empresa tenha de investir um total de R$ 219 milhões.
Segundo o chefe do Gabinete do vice-prefeito, Álvaro Barreto Lisboa, o fundo da contribuição de iluminação pública tem uma receita de cerca de R$ 1 milhão por mês, e esse dinheiro será usado para pagar essa concessionária. Ele garante que não haverá aumento da taxa da CIP para os santa-marienses e que, ao contrário, a tendência é de sobrar dinheiro, pois o novo sistema com lâmpadas de LED vai gerar grande economia aos cofres públicos.
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Ainda não se sabe qual o deságio que a vencedora vai apresentar. Por exemplo: hipoteticamente, pode ser que a empresa ganhadora cobre R$ 700 mil ou R$ 800 mil para fazer o serviço, e a prefeitura tende a ter economia. É possível que empresas estrangeiras ou consórcios participem do leilão da B3 no dia 23 de fevereiro.
Só relembrando: no leilão da RSC-287, na B3, em dezembro de 2020, cinco consórcios e empresas concorreram. O limite máximo da tarifa de pedágio era de até R$ 7,37, mas o grupo espanhol Sacyr cobrou R$ 3,36 e venceu, com grande deságio.
Depois, houve correção da inflação e o pedágio começou a ser cobrado a R$ 3,70. Atualmente, está em R$ 4,30, após correções da inflação anual.
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